Covilhã... Beira Baixa... Portugal.

O GPS não engana, estamos “atrás de serra”, no interior de um país socialmente inclinado para o mar, numa ponta “esquecida” da Europa. 

Aqui, onde as oportunidades escasseiam e de onde muitos saem em busca de melhores condições de vida, outros, como eu, insistem em não se vergarem ao que parece ser um destino incontornável.

Sou filho de gentes forjadas por invernos gélidos e verões infernais, gentes de força e resiliência, gentes de mãos ásperas do trabalho e coluna ereta e este cunho identitário, que desconhece a palavra desistir, acompanha-me em cada prova de atletismo que realizo. 

Quando corro levo comigo os meus sonhos e os sonhos daqueles que acreditam que a partir daqui, a partir do interior de um país de cultura litoral, é possível sermos maiores do que nós próprios.

O presente trabalho, um pequeno filme que nos leva por alguns dos mais bonitos espaços da Covilhã é um hino de louvor e agradecimento à minha cidade. Sou orgulhosamente Português, Beirão e Covilhanense... 

... e a partir daqui abraço o mundo!

(Trabalho realizado por Paulo Soares no âmbito do Concurso Fronteiras da Esperança: Minha Terra, Meu Futuro - Edição 2021)